sábado, 28 de março de 2009

Srs_

Fala do Homem Nascido...

Venho da terra assombrada,
Do ventre de minha mãe;
Nao pretendo roubar nada,
Nem fazer mal a ninguém.

Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.

Trago boca para comer
E olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
Tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo
Não tenho tempo a perder.

Minha barca aparelhada
Solta o pano rumo ao norte;
Meu desejo é passaporte
Para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.

Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.

Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.

António Gedeão


Seres Humanos

Sua violência é desmedida
Sua tristeza é preservada
A sua furia mata vidas
Que não é nada venerada

Sua ignorância de milênios
Nos sufoca até nosso descanso
Seus são atos mediocres e pequenos
Nos deixam nem tanto...

...Revoltados, seres humanos
Seres humanos

É fácil matar um indefeso
Você pode até me dizer
Que está tudo aos avesos
Mas o que você fez?
O que você vai fazer?

Como deixamos tudo isso acontecer..

Seu ódio não tem motivo
Suas vidas são sempre iguais
Matam um ser vivo
Por pensar que são mais

Sua estupidez me enoja
Eu tenho pavor a esse ser
Temos que derrubar toda essa corja
Mas o que você vai fazer?

...Revoltados, seres huamanos
Seres humanos

Sua ignorância de milênios
Nos sufoca até nosso descanso
Seus são atos mediocres e pequenos
Nos deixam nem tanto...

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