sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

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A Nova e a Velha Cruz....


Os homens mais velhos de nosso tempo poderão constatar tão bem quanto os historiadores, pesquisadores e homens dedicados as leituras e pesquisas bíblicas, que há uma enorme diferença entre a antiga Cruz que conduziu todo o cristianismo até as portas do nosso presente século e a Nova Cruz, símbolo do novo cristianismo que está a se propagar entre os cristãos de nossos dias.
A Velha Cruz era símbolo de morte, por ela todos os homens eram condenados, pois ela nos lembrava de quem nós matamos, por causa de nossos delitos e de nossos pecados.
A Velha Cruz destruía a altivez e toda a confiança que alguém pudesse ter na carne, em virtude da carne não ser digna de confiança. Carne essa, que expressou na Cruz, nossa incapacidade de sermos fiéis e permanecermos unidos nos momentos de dificuldade e de mantermos a fé quanto tudo ao nosso redor diz que não devemos mantê-la. Esta mesma carne, na cruz, serviu de exposição de nossa capacidade de trair, intensificando o nosso pecado através de uma coisa boa, um beijo.
A velha cruz expunha nossa vergonha, nossa desumanidade e o único caminho para a salvação.
Já a nova Cruz foi reformulada, em nossos dias. Tantos sentimentos e pensamentos negativos não são bem vindos a nossa época, por isso, tornamos o espetáculo da Cruz em entreternimento familiar, algo digno de ser passado no horário de censura livre. Deu trabalho, mas remodelamos e adequamos à nossa necessidade.
A nova Cruz nos diverte, dá alegria ao homens, gera sentimentos positivos e reforça o nosso ego, para centrarmos nossos pensamentos em nós mesmos.
Esta nova Cruz, ao contrário da antiga, estimula a confiança na carne e em tudo o que ela pode adquirir para nós, desde o jetinho brasileiro de fazer dinheiro fácil até as escamotiações e mentiras, a qual é eficiente em produzir, e sem a qual, certamente, estaríamos em dificuldades para viver, ufa!...
Na nova Cruz não há homem algum pregado, nem ao menos a presença de um Deus. Há alguma coisa disforme nela, indicando que está a faltar algo ou alguém, muito embora já não tenhamos a exata noção de quem seria, mas ainda acho que um dia, mesmo que venha a ser tarde demais, quem sabe, ..., venhamos a lembrar o que ou de quem era a falta que estávamos a sentir, quando perplexos, olhávamos para a nova cruz!


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