quinta-feira, 30 de abril de 2009

A formação do ser humano: uma visão filosófica (racionalidade humana).


A racionalidade humana, com sua exclusividade, suscita reflexões sobre sua origem profunda, sua finalidade e sua natureza. A Filosofia se ocupa com particular sagacidade da busca pelas respostas às questões colocadas. Como se constrói o ser humano em sua dimensão biológica, psicológica e social? Como se define o ser resultante da interação destas dimensões?

Em sua constituição, o ser humano, ente complexo e de difícil definição, constrói-se a partir de um universo imenso de variáveis e interferências. As matrizes determinantes do comportamento humano são imprecisas, difusas em seu universo relacional, e a análise destas matrizes costuma ser balizada por correntes filosóficas distintas, que partem de pressupostos distintos. Não cabe, no entanto, buscar definir ou erigir uma destas como a “correta” ou “mais confiável”, mas sim perceber que o ser humano é uma mescla de todas as concepções possíveis.

A filosofia antiga trouxe à tona, em suas origens, a noção de que o ser humano se define a partir da vontade dos deuses, como se a natureza humana fosse constituída a partir de um projeto de vontade divina minimamente sujeito à interação da racionalidade e da vontade do próprio homem, do meio que o cerca e das condições contextuais em que este homem se insere. É uma visão algo fatalista, onde a miséria e a dúvida acompanham o homem como um fardo, um castigo que decorre da vontade inquestionável dos deuses.

Os gregos, no entanto, com sua tradição racionalista irredutível, conceberam o homem como senhor de sua própria constituição e destino. Xenófanes dizia que os deuses são, na verdade, criação do homem dentro de seu contexto, afirmando que, se os bois pudessem descrever seus deuses, eles certamente teriam aspecto de bois, e se os lobos pudessem descrever seus deuses, por certo seriam lobos. Epicuro afirmava que os deuses estão em um ponto tão distante do universo que sua existência não influencia o destino dos homens, que se constituem a partir de suas próprias escolhas e opções, do meio que os cerca e das matrizes culturais que os absorvem.

Esta tradição foi herdada pela filosofia medieval. Santo Tomás de Aquino chegou a cunhar a expressão Tábula Rasa para descrever a constituição do homem, ou seja, uma “folha em branco” onde, ao longo da vida, o homem escreve sua própria história e define, a partir de suas impressões, sua essência e natureza. Esta visão admite e consolida, portanto, a noção de que a construção do ser humano está intimamente, indissociavelmente, ligada ao meio em que esse homem se insere. (Detalhe: a expressão Tábula Rasa é erroneamente atribuída ao filósofo inglês John Locke. Isto constitui, no entanto, uma imprecisão.)

Esse entendimento do determinismo, a que o entendimento do homem está sujeito, ganhou força ao longo da história da Filosofia com os pensadores racionalistas, como Renè Descartes, que formulou longo discurso a respeito da importância dos sentidos na percepção do mundo que cerca o homem, como forma de extrair conhecimento desta realidade que o cerca através da observação para, então, constituir opiniões e posicionamentos.

A filosofia romântica do século XVIII, em especial a dos filósofos idealistas alemães como Hegel (pronuncia-se “Rêguel”), retomou a noção de que o homem possui em sua natureza uma dimensão espiritual elevada, genericamente chamada de Geist (pronuncia-se “Gáist”), que deve ser atingida através da evolução do homem em sua constante busca pelo conhecimento. Enxerga-se, aqui, novamente, a noção de que o ser humano é um ser em construção, dinâmico, cuja busca constante pela perfeição é o grande motor de sua evolução. Depreende-se, assim, um ser cuja construção depende de uma atitude de busca, que não nasce “pronto e acabado”, mas sim como uma obra a ser lapidada.

A filosofia contemporânea, no entanto, lançou certo olhar pessimista sobre a natureza humana, existente em função dos horrores das grandes guerras mundiais, do uso sistemático da inteligência e do brilhantismo do homem para a construção de armas mais eficientes, dos genocídios e da eugenia. Autores como Jean-Paul Sartre sugeriram, na filosofia existencialista, a idéia de que a essência do ser humano se constrói tanto a partir das escolhas que nós mesmos fazemos quanto das escolhas que outros fazem por nós, cercando-nos com um universo imprevisível de variáveis que concorrem para a determinação de nossa essência. Sartre resume sua concepção na frase: “Eu sou aquilo que fiz com aquilo que fizeram de mim.”

Enfim, a construção do ser humano é, inegavelmente, como queríamos demonstrar, multideterminada, multivariável. A filosofia comprova, com o desenvolvimento de suas concepções, a noção de que esta construção é fruto de um determinismo biológico pelas limitações orgânicas que a corporeidade impõe a todos nós, de um determinismo social pelo contato inevitável com o universo de outros seres que nos cercam, de um determinismo histórico pelo caráter definitivo que certas decisões impõe às nossas possibilidades, de um determinismo psicológico pela vinculação total de nossa natureza à particularidade de nossa forma pessoal de ver o mundo, ainda temperada por um certo ingrediente imponderável e imprevisível que, em última análise, é o grande responsável pela imensa diversidade humana.


Mauricio Santos
Professor de Geografia do Curso Dom Bosco


terça-feira, 28 de abril de 2009

Maconha: hora de legalizar?


Por que um grupo cada vez maior de políticos e intelectuais – entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – defende a legalização do consumo pessoal de maconha?
Ruth de Aquino. Com Martha Mendonça, Nelito Fernandes, Wálter Nunes e Rafael Pereira
Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.
Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.
Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.
A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.
Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade. Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Músicas Miss Pri...




Priscila Cembranel...


Estou cansado de ser vilipendiado,
incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber

Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move,
não trabalha.

E Priscila está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força

Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende

E quando os antidepressivos e os calmantes
não fazem mais efeito
Priscila sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço

Priscila está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço

Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Priscila não está só...


está
Ás vezes no silêncio da noite,
eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado,
juntando
o antes o agora e o depois

Porque você me deixa tão solto?
Porque você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero se o seu dono,
é que um carinho as vezes cai bem
Eu tenho meus segredos e planos,
secretos,
só abro pra você, mais ninguém

Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?

Quando a gente gosta é claro que a
gente cuida.
Fala que me ama só que é da boca
pra fora
Ou você me engana ou não está
madura
Onde está você agora?

Sinto Sua Falta

Olá querida, anjo do meu pesadelo
Sombra na escuridão do necrotério
Vítima insuspeita das trevas do vale
Podemos viver como Jack e Sally se nós quisermos
Onde você sempre me encontrará
E celebraremos o Halloween no natal
E à noite desejaremos que isso nunca acabe
Desejaremos que isso nunca acabe

Sinto a sua falta,
Sinto a sua falta

Onde está você? Eu sinto muito.
Eu não consigo dormir, eu não consigo sonhar essa noite
Eu preciso de alguém e sempre
Essa doente estranha escuridão
Vem se arrastando de forma cada vez mais assombrada.
E comecei a contar
As teias das aranhas.
Que caçam os bichos e comem suas entranhas
Como a indecisão em ligar para você
E ouvir sua voz traidora
E você voltara para casa e parará a dor essa noite
Parará a dor essa noite

Não perca seu tempo comigo
Você já é a voz dentro da minha cabeça (eu sinto sua falta)
Não perca seu tempo comigo
Você já é a voz dentro da minha cabeça (eu sinto sua falta)

Não perca seu tempo comigo
Você já é a voz dentro da minha cabeça (eu sinto sua falta)
Não perca seu tempo comigo
Você já é a voz dentro da minha cabeça (eu sinto sua falta)

Não perca seu tempo comigo
Você já é a voz dentro da minha cabeça (eu sinto sua falta)
Não perca seu tempo comigo
Você já é a voz dentro da minha cabeça (eu sinto sua falta)

Eu sinto sua falta
Eu sinto sua falta
Eu sinto sua falta.

A Razão

Eu não sou uma pessoa perfeita
Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito
Mas eu continuo aprendendo
Eu não pretendia fazer aquelas coisas com você
E então eu tenho que dizer antes de ir
Que eu apenas quero que você saiba

Eu encontrei uma razão para mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão para começar de novo
E a razão é você...

Eu sinto muito ter te magoado
É algo que eu devo conviver todos os dias
E toda a dor que eu te fiz passar
Eu gostaria de poder retirá-la completamente
E ser aquele que apanha todas as suas lágrimas
É por isso que eu preciso que você escute

Eu encontrei uma razão para mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão para começar de novo
E a razão é você...
E a razão é você...
E a razão é você...
E a razão é você...

Eu não sou uma pessoa perfeita
Eu nunca quis fazer aquelas coisas para você
E então eu tenho que dizer antes de ir
Que eu apenas quero que você saiba

Eu encontrei uma razão para mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão para começar de novo
E a razão é você...

Eu encontrei uma razão para mostrar
Um lado meu que você não conhecia
Uma razão para tudo que eu faço
E a razão é você,

Desenho de Leonardo da Vinci de 1510 retrata a anatomia do crânio
“Um conceito é o elemento de uma proposição como uma palavra é o elemento de uma sentença. Conceitos são abstratos porque omitem as diferenças entre as coisas em sua extensão (semântica), tratando-as como se fossem idênticas e substantivas. Conceitos são universais ao se aplicarem igualmente a todas as coisas em sua extensão”

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sutilmente...

E quando eu estiver
Triste
Simplesmente
Me abrace

Quando eu estiver
Louco
Subitamente
Se afaste
Quando eu estiver
Fogo
Suavemente
Se encaixe

E quando eu estiver
Bobo
Sutilmente
Disfarce
Mas quando eu estiver
Morto
Suplico que não me mate não
Dentro de ti

Mesmo que o mundo
Acabe enfim
Dentro de tudo
Que cabe em ti

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Nós gostamos de ROCK e somos loucos
Eles fazem besteiras e são normais
Q vivam os loucos d boa cabeça
E pela metamorfose da vida s tornem
MALUCO BELEZA!!

Entre sexo e rock and roll , eu prefiro os dois , melhor fazer ouvindo .

Não tocamos para agradar os críticos. Tocamos o que queremos, quando queremos e o quanto quisermos. E temos motivos para tocar.

Na música, o próprio silêncio tem ritmo...

Civil War

Guns N' Roses

Composição: W. Axl Rose / Slash / Duff McKagan

"what we've got here is failure to communicate
some men you just can't reach...
so, you get what we had here last week
which is the way he wants it!
well, he gets it!
n' i don't like it any more than you men."

look at your young men fighting
look at your women crying
look at your young men dying
the way they've always done before

look at the hate we're breeding
look at the fear we're feeding
look at the lives we're leading
the way we've always done before

my hands are tied
the billions shift from side to side
and the wars go on with brainwashed pride
for the love of god and human rights
and all these things are swept aside
by bloody hands time can't deny
and are washed away by your genocide
and history hides the lies of our civil wars

d'you wear a black armband
when they shot the man
who said "peace could last forever"
and in my first memories
they shot kennedy
an i went numb when i learned to see
so i never fell for vietnam
we got the wall of d.c. to remind us all
that you can't trust freedom
when it's not in your hands
when everybody's fightin'
for their promised land

and
i don't need your civil war
it feeds the rich while it buries the poor
your power hungry sellin' soldiers
in a human grocery store
ain't that fresh
i don't need your civil war

look at the shoes you're filling
look at the blood we're spilling
look at the world we're killing
the way we've always done before
look in the doubt we've wallowed
look at the leaders we've followed
look at the lies we've swallowed
and i don't want to hear no more

my hands are tied
for all i've seen has changed my mind
but still the wars go on as the years go by
with no love of god or human rights
'cause all these dreams are swept aside
by bloody hands of the hypnotized
who carry the cross of homicide
and history bears the scars of our civil wars

"we practice selective annihilation of mayors
and government officials
for example to create a vacuum
then we fill that vacuum
as popular war advances
peace is closer"

i don't need your civil war
it feeds the rich while it buries the poor
your power hungry sellin' soldiers
in a human grocery store
ain't that fresh
and i don't need your civil war
i don't need your civil war
i don't need your civil war
your power hungry sellin' soldiers
in a human grocery store
ain't that fresh
i don't need your civil war
i don't need one more war

i don't need one more war
whaz so civil 'bout war anyway...

domingo, 19 de abril de 2009


Teus sinais
Me confundem da cabeça aos pés
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar
Não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
Te devoraria a qualquer preço
Porque te ignoro ou te conheço
Quando chove ou quando faz frio
Noutro plano
Te devoraria tal Caetano
A Leonardo di Caprio
É um milagre
Tudo o que Deus criou
Pensando em você
Fez a via-láctea
Fez os dinossauros
Sem pensar em nada
Fez a minha vida
E te deu
Sem contar os dias
Que me faz morrer sem saber de ti
Jogado à solidão
Mas se quer saber
Se eu quero outra vida,
Não, não.

Eu quero mesmo é viver
Pra esperar, esperar...
Devorar você

O fantasma da Opera...


Todo o fantasma, toda a criatura de arte, para existir, deve ter o seu drama, ou seja, um drama do qual seja personagem e pelo qual é personagem. O drama é a razão de ser do personagem; é a sua função vital: necessária para a sua existência.


A arte é visão ou intuição. O artista produz uma imagem ou um fantasma: e quem aprecia a arte volta o olhar para o ponto que o artista lhe indicou, observa pela fenda que este lhe abriu e reproduz dentro de si aquela imagem.


Ideias ousadas são como as peças de xadrez que se movem para a frente; podem ser comidas, mas podem começar um jogo vitorioso.


Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.

Sigmund Freud

quarta-feira, 15 de abril de 2009



Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.

Maquiavel
''E o tempo avança e a gente agradece..pela vida. Vida de sonhos, verdades, alegrias, de dores, amores e luz. Tenta, mesmo que ao momento seja só lembranças. Viva de forma que seja mistério, incetezas, de luta, de paz e de amor.''
Cartola

sábado, 11 de abril de 2009

Grazi e Jacki...





MEUS OITO ANOS

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Casimiro de Abreu

...masm...



Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas...

Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe prá trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe prá trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...

Não me abandone jamais...

domingo, 5 de abril de 2009

Sigmund Freud
O pai da psicanálise

Médico neurologista e fundador da psicanálise, Freud apresentou ao mundo o inconsciente e explorou a mente humana. Sigmund Freud ficou conhecido como um dos maiores pensadores do século XX e o pai de muitas das teorias psicanalistas aplicadas atualmente. Freud explorou a psique, desenvolveu uma teoria de personalidade, estudou histeria, neuroses e sonhos, entre tantos trabalhos.

SUA VIDA

Sigmund Freud nasceu em 1856 na pequena cidade de Freiberg, na Morávia, então parte do Império Austro-Húngaro (atualmente é a República Checa). Seu pai, Jacob, era um modesto comerciante e sua mãe, Amália, era a terceira esposa de Jacob. Freud nasceu de uma família judaica e foi o primogênito de sete irmãos.

Aos três anos de idade, a família Freud se mudou para Viena, devido ao aumento do anti-semitismo na Morávia. A cidade de Viena proporcionava aos judeus boas perspectivas econômicas, participação política e aceitação social.

Desde pequeno Freud era brilhante nos estudos e primeiro da classe. Devido à sua performance acadêmica e uma preferência de sua mãe, Freud teve o privilégio de ter um quarto só para si, onde pode estudar em paz.

Em 1873, aos 17 anos, Freud ingressou na faculdade de Medicina da Universidade de Viena. Nos anos de faculdade trabalhou em um laboratório de neurofisiologia, até sua formatura, em 1881.

Em 1882, Freud conheceu e se apaixonou por Martha Bernays. Ficaram noivos secretamente até terem dinheiro suficiente para se casarem, o que veio a ocorrer quatro anos depois, em 1886, quando Freud já possuía um consultório particular. Tiveram seis filhos. A mais nova, Ana, confidente, secretária, enfermeira, discípula e porta-voz do pai, também se tornou uma eminente psicanalista.

Antes de se casarem, Freud trabalhou durante seis meses em Paris com o neurologista francês Jean-Martin Charcot. Com este, observou o uso da hipnose no tratamento da histeria e viu estimulado seu interesse para os distúrbios mentais. Nos anos seguintes tornou-se especialista em doenças nervosas e fundamentou a teoria psicanalítica da mente.

Freud obteve um grupo de admiradores e seguidores que se reuniam com ele semanalmente. Entre eles se encontravam Alfred Adler e Carl Jung, famosos psicanalistas que acabaram se desligando de Freud para desenvolver suas próprias linhas. O desligamento de Jung foi muito doloroso para Freud. Eram bons amigos e Freud via em Jung a pessoa que iria continuar a transmitir seu trabalho.

A primeira Guerra Mundial teve um grande impacto em Freud e no movimento psicanalítico. O fim da guerra trouxe grandes modificações político-geográficas e os tratados foram particularmente severos com os países vencidos. Viena sofria de fome, frio e desespero. Voltaram as epidemias mortais, como tuberculose e gripe. Em 1920, Freud perdeu sua segunda filha, Sophie, vitima de uma epidemia. Afetado pela guerra e pela morte de sua filha, Freud escreveu `Além do Princípio do Prazer`, onde ele reconheceu o instinto da morte.

Em 1923, Freud passou pela primeira de uma série de cirurgias para extrair um tumor no palato. A partir desse momento Freud passou a ter dificuldades para falar, sentia dores horríveis e desconforto.

Em 1930 publicou `Civilização e seus Descontentamentos`, lançando um olhar pessimista e desiludido sobre a civilização moderna à beira da catástrofe.

Com a ascensão de Hitler, Freud, já velho e cansado, não desejava sair de Viena. Em 1938, quando os Nazistas entraram em Viena, Freud, sendo judeu, não teve escolha, a não ser emigrar. Freud foi com sua família para Londres, onde passou o final de sua vida.

SUAS TEORIAS

No esforço de compreender melhor seus pacientes, Freud iniciou um difícil processo de auto-análise. Freud trabalhou com introspecção e interpretação de seus próprios sonhos. Em 1896, Freud utilizou pela primeira vez o termo psicanálise.

Freud acreditava que histeria era uma forma de manifestação da neurose, na qual emoções reprimidas levariam aos sintomas da histeria. Estes sintomas poderiam desaparecer se o paciente conseguisse expressar as emoções reprimidas que lhe impediam de lidar com uma vida normal. Com isso, Freud trabalhou no desenvolvimento de formas que atingissem essas emoções reprimidas.

Freud desenvolveu a livre associação; uma técnica psicanalítica onde o paciente fala tudo que lhe vem à mente e ao falar surge sentimentos e memórias reprimidas. A livre associação é considerada uma das formas de se penetrar no inconsciente, podendo assim trabalhar pela terapia em cima dessas experiências e entender a causa da neurose.

Freud acreditava que a outra forma de penetrar no inconsciente seria através dos sonhos. Em 1899, Freud publicou `A interpretação dos Sonhos`. Freud acreditava que os sonhos eram uma manifestação de nossos desejos e trabalhando com eles se podia chegar às memórias e sentimentos profundamente reprimidos.

Segundo Freud, outra manifestação de desejos reprimidos surge através de lapsos de língua e esquecimentos. Freud publicou essa teoria no livro `Psicopatologia da Vida Cotidiana`. Nos procedimentos mentais ele não admitia a existência de meros acidentes: o pensamento aparentemente mais sem sentido, o lapso mais casual, o sonho mais fantástico possuem um significado que pode servir para desvendar os segredos da mente.

Freud explorou o conceito de que existe um conflito dentro das pessoas. O conflito seria de um instinto animal, que não seria aceito pela sociedade, causando então uma resistência da pessoa ao instinto. A pessoa reprime o instinto para o inconsciente e procura substituí-lo por outros métodos de compensação. Em sua teoria, Freud identifica vários métodos de compensação.

Em 1905 Freud publicou os `Três Ensaios sobre a Sexualidade`. Freud afirmava a importância do impulso sexual, ou libido, vivido nos primeiros quatro ou cinco anos de vida.

Em 1923, quase com setenta anos, em seu estudo clássico `O Ego e o Id`, completou a revisão de suas teorias. Formulou um modelo estrutural da mente como constituída de três partes distintas, mas que interagem entre si. Essas partes são o id, o ego e o superego. O id é o inconsciente, o superego é o consciente e o ego é o mediador entre o id e o superego. Essa é considerada a teoria de Freud da personalidade humana.

- INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE -

Finais do século XVIII – famoso julgamento em Salem, nos Estados Unidos.

Foi a última vez que as pessoas com problemas, nomeadamente histeria, foram mortas por se acreditar que estavam possuídas pelo demónio.

Santo Agostinho associava a doença à desordem e esta ao pecado. Por isso, mais valia – no seu entender – orar do que curar.

Toda a Cristandade, até ao início da Reforma, não se preocupava com a saúde. Quem se encarregava disso eram os

Judeus e os Árabes. O primeiro grande asilo para doentes mentais (séc. XV) foi construído pelos árabes.

São João de Deus criou uma ordem religiosa com o único objectivo de tratar os doentes mentais, que dividia em três categorias:

1 – Simples… débeis, sujeitos a abusos por parte da população

2 – Dementes… sofriam de demência

3 – Celerados… perigosos para a sociedade

São os abusos que levam à construção de asilos no final do séc. XIX.

Com a reforma começa-se a pensar nas perturbações e é então que as doenças psíquicas se dividem em 2 famílias:

- Neuroses – em que se mantém a integridade do EU

- Psicoses – Há uma desrealização. Uma perda da realidade. Os psicóticos têm símbolos diferentes dos nossos… um cogumelo pode querer dizer cogumelo… pénis… pai…

Hoje em dia, com a medicação, é mais fácil tentar dominar a doença mental que é um problema crónico, com perda de capacidades cognitivas.

Por exemplo, a ESQUIZOFRENIA: Pode manifestar-se pela primeira vez aos 18 anos, após bem sucedidos exames nacionais e evolui até o doente deixar de saber quanto é 2 + 2. É preciso ensinar o doente as suas anteriores competências (estar à mesa, lavar-se…).

Há bastante tempo verificou-se que uns comprimidos para controlar a hipertensão provocavam depressões. Chegou-se à conclusão, após muitos estudos, que isso acontecia devido a um componente que aumentava o nível de SEROTONINA no organismo. A Serotonina, quando aumenta, induz um estado depressivo.

Por isso, criou-se um antagonista para a Serotonina – o LSD. Não havia depressões mas o número de Psicoses Tóxicas aumentou.

Surgiram depois os primeiros medicamentos para combater a depressão – os TRICÍCLICOS. Porém, esta família de medicamentos aumentava o apetite e as senhoras não queriam tomá-los porque ficavam mais gordas.

Chegou-se ao comprimido da alegria – PROZAC, que agora é tomado em excesso porque faz emagrecer.

Também há quem defenda que o aumento da Serotonina possa ser provocado por um gene – existirá o gene da depressão??

Tentativas de Tratamento:

Os celerados encontravam-se presos com correntes para não atacarem ninguém. Num incêndio em França, morreram – por isso – 133 doentes mentais queimados por ninguém se lembrar de os soltar. Foi Pinel quem começou por libertar os doentes das grilhetas.

Não se podem juntar patologias – por exemplo: não se podem colocar juntos Borderlines e Esquizofrénicos. Os Borderlines abusam dos Esquizofrénicos.

Salpêtriére:

Freud começou por usar cocaína no tratamento dos doentes. Acabou por ir para França porque o seu doente tinha ficado viciado. Quando lá chegou ficou impressionado com os tratamentos, sobretudo com a relação directa entre histeria e sexualidade.

Psicanálise:

Método terapêutico. Quando se iniciou a Psicanálise (o primeiro sintoma dos problemas é a ansiedade) havia um número elevado de sessões por semana – começou-se por 5/semana. Actualmente, o normal são 3 sessões/semana.

=> A primeira concepção de Freud – causas puramente sexuais

Séc. XVIII/ XIX – tinha havido um movimento a favor da Mesmerização (antes de Freud). Através da Hipnose conseguia-se que as pessoas alterassem os seus comportamentos.

Freud chamou a atenção para o inconsciente. Se se derem ordens que vão contra a moral das pessoas – elas não obedecem.

Freud chegou à invenção da psicanálise pela necessidade de encontrar uma explicação psicológica para a doença mental, que permitisse o seu tratamento ou cura, entre elas as neuroses.

ü Neurose histérico-fóbica – Queixas de falta de afecto medo de coisas (aranhas, espaços, abertos/fechados)

ü Neurose obsessiva – série de actos compulsivos (ex.: lavagem das mãos repetidas vezes)

ü Neurose ansiosa /ataques de pânico – o indivíduo reage fisiologicamente a algo que o ameaça (aumento da frequência cardíaca e respiratória.

Para as psicoses, esquizofrenia e doença maníaco-depressiva, não havia tratamento è vem da relação que a pessoa tem com o real

Quando se tem uma psicose as noções do real não existem. O delírio é a realidade do psicótico, como se houvesse uma mudança de simbologia. O indivíduo quando se encontra em delírio, o sofrimento é de tal ordem, que o mesmo tenta encontrar explicações para a sua dor. Deve-se diminuir este estado e não alimentá-lo.

Para Freud haveria um critério semelhante a uma termodinâmica, uma máquina que servisse para pensar. Teria que haver um princípio que a alimenta, tem que ter energia e uma máquina que a processasse.

“O que é importante para a mente humana”

Freud

Surge o princípio de prazer como significado da ausência de tensões. Tudo o que fazíamos do ponto de vista psicológico destinava-se a eliminar tensões.

Energia Psíquica – energia de origem sexual, libido, que permitia o funcionamento do aparelho psíquico. Este divide-se em 3 partes:

ü Consciente – parte do psiquismo que está em contacto com o meio, analisando e procurando dar as respostas adequadas

ü Memória – pré-consciente

ü Inconsciente–onde se reprimem pensamentos desagradáveis, possui conteúdos recalcados.

Freud descobriu que temos dificuldade em lembrar certas coisas, sendo necessário um esforço. Concluiu que haveria uma Barreira da Memória, necessitando de ser ultrapassada para que nos seja possível recordar de algo, a Barreira do Recalcado, localizada entre o pré-consciente e o inconsciente, só sendo possível ultrapassá-la de uma determinada forma.

As representações estão em diferentes parte do aparelho psíquico e cada uma tem um vector ou cartexis de libido. Quanto maior for a sua importância, maior a sua quantidade de libido, estando a dos pais mais carregadas do que as de um amigo.

As quantidades de energia têm que ser contrariadas quando queremos recalcar uma representação. Aplicar uma força contrária que designamos por contra-cartexis, pretendemos que ela saia do campo da consciência. Uma representação recalcada pode ser avivada por uma outra memória, portanto, para recalcarmos uma ideia temos que recalcar todas as situações que lhe estão associadas. Este processo conduz a um empobrecimento da sua energia psíquica, que passa a estar virada para estes recalcamentos.

Uma repressão acarreta sempre uma constelação de outros recalcamentos que se vai traduzir num gesto de energia psíquica para manter essa representação afastada da consciência.

Freud lembrou-se então de 2 coisas:

ü Actos Falhados – “Lapsus Linguae”, quando queremos dizer uma coisa e dizemos outra;

ü Sonhos – quando estamos a dormir o consciente está desligado, logo a memória não está submetida à vontade, no entanto há sonho, então o sonho é uma manifestação do inconsciente. Se fosse apenas uma transmissão do inconsciente, vinham a todas as coisas que a pessoa tinha procurado recalcar. Um sonho falhado Þ pesadelo. As representações estão demasiado próximas do consciente nestas situações também há uma manifestação de alterações físicas, que passam pelo aumento da frequência cardíaca, respiratória e medo (sobressalto).

O pesadelo é sonho falhado porque a função do sonho é permitir o sono, que é essencial para o repouso físico do organismo. As privações de sono conduziam a situações de delírio e perda de contacto com a realidade.

O sono tem características especiais estudadas pelos Norte-Americanos. Existe um período muito curto inicial de cerca de 10 segundos durante o qual o electrocenfalograma se aproxima da linha de base (quando se registam as potências. Durante este período há como um suspender de vida. Passado este período, o electrocenfalograma começa novamente a apresentar actividade eléctrica no cérebro. Aparecem períodos de muito típicos, movimentos rápidos dos olhos e paragem desses movimentos, designada por REM e não REM (rapid eye movement), consequentemente pensou-se que estavam directamente ligados com o sonho. No entanto, foram feitos estudos posteriores com indivíduos invisuais como consequência de um acidente, mostraram que os movimentos REM iam desaparecendo, mas os indivíduos continuavam a sonhar. O que acontece é que durante o dia para termos visão cromática há uma série de aminas que correm ao longo das fitas ópticas passando pelo nervo óptico para chegarem à retina, e nesses períodos de REM o que o olho faz é uma espécie de ginástica que tem por objectivo levar essas aminas de volta para os seus depósitos. Estudos esses que levaram a concluir que a relação entre o sonho e o movimento dos olhos.